Descubra o conceito de resiliência urbana, sua importância para o planejamento das cidades e o papel da governança na construção de cidades sustentáveis.
Nos últimos anos, a resiliência urbana tornou-se um conceito central para gestores, planejadores e estudiosos do ambiente construído, sendo amplamente discutida no contexto de sustentabilidade e inovação urbana. Mas o que é exatamente a resiliência urbana e por que ela é importante para o futuro das cidades? Este artigo busca esclarecer o conceito de resiliência, sua aplicação no planejamento urbano e a importância de uma governança eficaz para construir cidades mais adaptáveis e preparadas para enfrentar desafios ambientais, sociais e econômicos.
Originalmente, o termo resiliência era utilizado na física para descrever a capacidade de um material de retornar ao seu estado inicial após sofrer uma tensão ou deslocamento. Na engenharia, a resiliência refere-se à habilidade de um material ou sistema em manter sua forma e função mesmo após ser submetido a estresse. Já em um contexto urbano, a resiliência adquire uma definição mais ampla e complexa, relacionada à capacidade de cidades e comunidades de absorver, adaptar-se e responder a choques, sejam eles causados por desastres naturais, mudanças econômicas ou crises sociais. A resiliência urbana envolve três capacidades fundamentais:
O conceito de resiliência está intimamente ligado ao desenvolvimento sustentável e à adaptação urbana. Em um cenário de urbanização acelerada e crescentes desafios ambientais, o planejamento urbano resiliente é essencial para garantir que as cidades possam se adaptar a novas condições, evitando colapsos e promovendo o bem-estar dos habitantes.
Cidades resilientes são capazes de integrar transformação, sustentabilidade e adaptação em suas políticas e infraestrutura. Elas são projetadas para resistir a grandes choques e retornar rapidamente à normalidade, assegurando que funções essenciais como transporte, distribuição de água, energia e saneamento sejam preservadas mesmo em situações de crise.
Cada uma dessas categorias inclui atributos-chave como flexibilidade, diversidade, capacidade de inovação e governança adaptativa. Esses fatores permitem que bairros e cidades se tornem menos vulneráveis e mais preparados para enfrentar crises.
A boa governança é um componente crucial da resiliência urbana. É no nível local de governança que muitas ações de desenvolvimento sustentável são implementadas, envolvendo projetos de infraestrutura, eletricidade, água potável, saneamento e outras necessidades básicas. Uma governança eficaz facilita a integração de agentes e ações, criando um ambiente propício para o desenvolvimento sustentável.
A descentralização administrativa e a autonomia das autoridades locais são fatores que contribuem para uma governança resiliente, permitindo que cidades e vilas adaptem políticas públicas para suas realidades específicas. Esse modelo incentiva a participação das comunidades locais, tornando o governo mais próximo e responsivo às necessidades da população.
O conceito aparece recentemente na literatura científica que se concentra na aplicação e desenvolvimento de Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) para a administração da cidade. Surge principalmente das práticas do sistema, cidade e cidadão inteligentes. A governança de cidades inteligentes requer infraestrutura digital e fluxo contínuo de dados. A transformação da tecnologia tradicional e sua adoção em sistemas de governança urbana podem ajudar a controlar os diversos tipos de ameaças existentes na vida da cidade e garantem a prestação de serviços públicos em tempo real.
Embora a resiliência urbana ofereça um caminho promissor para o futuro sustentável das cidades, sua implementação enfrenta desafios significativos. A urbanização acelerada, a degradação ambiental e a pressão sobre recursos naturais impõem limitações e exigem que gestores públicos desenvolvam diretrizes políticas refinadas para enfrentar essas questões.
Autoridades locais precisam promover práticas inovadoras para lidar com questões como degradação da natureza, ordenamento territorial e inclusão social. A resiliência urbana não é apenas uma meta a ser alcançada, mas um processo contínuo de adaptação e evolução que requer engajamento dos diversos atores sociais e políticos.
A resiliência urbana é essencial para a sustentabilidade e a segurança das cidades contemporâneas. Com um planejamento urbano adaptável e uma governança eficaz, as cidades podem se preparar para enfrentar crises e adaptar-se a novas realidades de forma contínua. O PISAC, enquanto parque de inovação focado no ambiente construído, está alinhado com esses conceitos, promovendo o desenvolvimento de tecnologias e práticas que contribuem para cidades mais resilientes e sustentáveis
Confira outros artigos do nosso blog e fique por dentro das inovações que estão transformando o futuro das cidades e do ambiente construído!
Colaboradores
Kamila Gomes
Autora – Pesquisadora
Informações adicionais
Texto desenvolvido a partir da dissertação de mestrado da pesquisadora Kamila Karen Gomes.
O Parque de Inovação e Sustentabilidade do Ambiente Construído (PISAC) está localizado no Campus Universitário Darcy Ribeiro, Parque Científico e Tecnológico da Universidade de Brasília, em Brasília.
CEP: 70910-900
Contato da Secretaria Executiva: pisac@unb.br
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Secretaria Executiva: pisacbr@gmail.com
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